Diagnóstico ChatGPT: Desafios de Falar em Público – Muletas Linguísticas

Muletas linguísticas como 'ééé' e 'tipo assim' podem enfraquecer sua fala e transmitir insegurança. Neste artigo, Stella Baster analisa o tema e propõe caminhos eficazes para uma comunicação mais clara, confiante e impactante.
Pode parecer bobagem, mas vale refletir sobre a autoconfiança e a capacidade de síntese.

Dando sequência à série de análises sobre textos produzidos por inteligência artificial, trago neste terceiro diagnóstico um olhar mais atento sobre um ponto recorrente, porém pouco discutido com profundidade: o uso excessivo de muletas linguísticas. Palavras ou expressões como “ééé”, “tipo assim” e “então” podem parecer inofensivas, mas comprometem a clareza da fala, revelam insegurança e impactam negativamente a percepção da audiência. 

A seguir, compartilho minhas observações sobre como esse tema foi abordado pelo ChatGPT, complementando com reflexões e orientações práticas baseadas na Arquitetura da Fala.

Chat GPT: Expressões como “ééé”, “tipo assim” e “então” podem prejudicar a clareza da sua mensagem e transmitir falta de segurança.

Como superar:

  • Grave e escute sua fala: identifique quais são suas muletas linguísticas e pratique substituí-las por silêncio.
  • Fale de forma mais pausada: pausas bem utilizadas transmitem segurança e dão tempo para a audiência assimilar a mensagem.

Falar em público pode ser um desafio, mas com prática e estratégia, é possível aprimorar essa habilidade e transmitir sua mensagem com segurança e impacto.

Geralmente usamos esse tipo de recurso (“ééé…”) quando precisamos lembrar de algo e tentamos ganhar tempo ou quando estamos sem assunto. E fazemos isso como se fosse uma escada que nos leva até a informação que buscamos naquele exato momento. Quando esticamos as vogais, é como se o tapete se desenrolasse até a palavra ou ideia necessária.

Mas isso não passa de uma grande ilusão. Seria melhor bocejarmos do que pronunciarmos ruídos sonoros.

Vou me explicar:
O bocejo captura oxigênio — e isso é potencialmente mais interessante para nutrir o cérebro e nos ajudar a lembrar do que precisamos naquele instante do que emitir vogais esticadas, perdendo oxigênio, justamente um dos veículos que pode facilitar essa lembrança.
Porém, infelizmente, o bocejo costuma ser interpretado negativamente em reuniões e apresentações — como sinal de cansaço ou desinteresse. E isso acaba por nos afastar de seu verdadeiro benefício.

Muitas vezes estamos com baixa energia e precisamos de mais atenção. O bocejo, nesse sentido, vem para nos despertar, permitindo maior entrada de oxigênio no cérebro.

Voltando aos ruídos sonoros: compreender que evitar a perda de oxigênio já é um benefício.

As bengalas verbais tentam ganhar tempo. No entanto, se o seu interlocutor tem o Sistema Auditivo mais privilegiado, ele perceberá sua estratégia e pode se irritar com a repetição desses recursos.

O silêncio, em algumas filosofias, é visto como nobre. Por isso, convido quem estiver lendo este artigo a experimentar, em um diálogo com perfil mais ágil, quebrar a dinâmica previsível com uma bela e consistente pausa. Ela lhe dará oportunidades valiosas, como:

  • organizar melhor suas ideias;
  • escolher palavras mais precisas;
  • utilizar outros recursos de comunicação, como gestos que colaborem com a mensagem.

Já a expressão “tipo assim…” fala silenciosamente sobre a tentativa de justificar e explicar melhor, o que revela uma possível subestimação da própria capacidade de comunicação — e também da capacidade de entendimento do interlocutor.Pode parecer bobagem, mas vale refletir sobre a autoconfiança e a capacidade de síntese.
Elaborar uma fala pode ser um processo rico e estimulante. A prática da busca por sinônimos e a ampliação do vocabulário amadurecem a retórica!

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